Projeto Experimental / 2017
Objetivo: Conscientização na reutilização do óleo de cozinha,
transformando-o em produtos de limpeza.
O Vídeo mostra parte do projeto.
Projeto desenvolvido como trabalho escolar
CEPROCAMP
Centro de Educação Profissionalizante de Campinas
"Prefeito Antonio da Costa Santos"
Projeto experimental
Sabão Verde
ESTUDANTES
Alisson
Costa de Freitas
Altina
Ferreira Campos
Joseane
Medeiros
Maria
da Cruz Alves Pereira
Marli
Souza Silva
Ricardo
Mendonça
Silvia
Maciel Cozim
Valdir
Aparecido dos Santos
Projeto Sabão Verde
Projeto Experimental que será apresentado
à Professora Éllen Pompei do curso Técnico em Meio Ambiente do
CEPROCAMP - Centro de Educação Profissional Prefeito Antônio da
Costa Santos.
DEDICATÓRIA
Dedicamos este
projeto experimental aos nossos familiares, que acreditaram em nosso
potencial, que estiveram ao nosso lado em todos os momentos.
À professora Éllen
Pompei, pela paciência e confiança na orientação e incentivo que
tornaram possível a conclusão desta monografia. É um prazer tê-la
na disciplina.
A turma 19 do curso
técnico em Meio Ambiente, e às pessoas que conviveram nesses
espaços ao longo desses anos. A experiência de uma produção
compartilhada na comunhão com amigos nesses espaços, foi a melhor
experiência que conquistamos.
Agradeço a Deus em primeiro lugar e a todos os professores, amigos de classe e amigos conquistados ao decorrer deste projeto, pelo apoio e paciência que tiveram conosco e também a nossos familiares que, contribuíram muito para que nós pudéssemos chegar ao final deste projeto. Somos muito agradecidos por tudo. Que Deus retribua a todos. Estes são os nossos votos de felicitação
Um muito obrigado
RESUMO
O projeto “Sabão Verde”, contribuiu
para o desenvolvimento do sabão em barra e o multiuso, ambos
derivados parcialmente, de óleo de cozinha, que antes era
descartado pelo ralo, ou no solo. Hoje, conseguiu-se agregar
conhecimento técnico científico à produção do sabão, que antes
praticados por cidadãos, ainda que sem experiência científica,
muitos confirmaram a eficácia após a utilização.
A água é um bem cada vez mais escasso,
devido à falta de investimento tecnológico e informação. O
descarte irregular do óleo de cozinha é um dos poluentes; de
córregos, riachos, rios, solos, se tornando um problema para
tubulações de efluente domésticos. Com a elaboração do projeto,
pode-se difundir entre estudantes e cidadãos, a importância do
descarte correto do óleo de cozinha usado, contribuindo com o
desenvolvimento socioeconômico.
Os materiais utilizados para o
desenvolvimento do “Sabão Verde”, é de fácil acesso e com
custo baixo, levando-se em consideração: O armazenamento do óleo
em casa, a compra de matéria prima em supermercados, e o rendimento
final do produto, tendo como principal usuário; cidadãos que
realizam limpeza doméstica
ABSTRACT
The "Green Soap" project
contributed to the development of bar soap and multipurpose soap,
both derived partly from cooking oil, which was previously discarded
by the drain, or on the ground. Today, scientific technical
knowledge has been added to the production of soap, which before
practiced by few citizens, although without scientific experience,
many confirm the effectiveness after the use.
Water is an increasingly scarce commodity
due to lack of technological investment and information. Irregular
disposal of cooking oil is one of the pollutants; Of streams,
streams, rivers, soils, becoming a problem for domestic effluent
pipes. With the elaboration of the project, it is possible to spread
among students and citizens, the importance of the correct disposal
of used cooking oil, contributing to the socioeconomic development.
The materials used for the development of
"Green Soap" are easy to access and low cost, taking into
account: Storage of oil at home, purchase of raw material in
supermarkets, and final product yield As the main user; Citizens who
perform domestic cleaning.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 07
OBJETIVOS 07
JUSTIFICATIVA
08
REVISÃO
DA LITERATURA 08
MATERIAL
E MÉTODOS 10
Métodos 10
Material 12
RESULTADOS 13
DISCUSSÃO 13
CONCLUSÕES 15
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS 15
1.
INTRODUÇÃO
A água é o bem mais
precioso do planeta, porém está se tornando um recurso cada vez
mais escasso a humanidade. A contaminação pode ocorrer com um
simples descarte de óleo de cozinha de forma inadequada, seja, na
rede de esgoto ou no solo. Com o lançamento de óleo de cozinha no
ambiente, pode-se ter consequências
como: Danos em tubulações de esgoto, aparecimento de pragas,
alteração na cadeia alimentar fluvial e alto custo de tratamento.
Os
óleos e gorduras são, por definição, substâncias que não se
misturam com a água e podem ser de origem animal ou vegetal. O óleo
vegetal, que é o que dá origem aos óleos de cozinha, pode ser
obtido de várias plantas, ou sementes.
Sua
constituição química é composta por triglicerídeos, que são
formados da condensação entre glicerol e ácidos graxos.
O
óleo de cozinha usado, quando jogado diretamente no ralo da pia ou
no lixo, polui córregos, riachos, rios e o solo, além, de causar
danos na rede de esgoto. O óleo também interfere na passagem de luz
na água, retarda o crescimento vegetal e interfere no fluxo de água,
além de impedir a transferência do oxigênio para a água o que
impede a vida neste ecossistema.
O
óleo quando descartado no solo, lixões ou que vem junto com a água
dos rios e se acumula em suas margens, este impermeabiliza o solo,
impedindo que a água se infiltre, piorando o problema das enchentes.
A
poluição
pelo óleo faz encarecer o tratamento da água (até 45%), além de
agravar o efeito estufa, já que o contato da água poluída pelo
óleo ao desembocar no mar gera uma reação química que libera gás
metano, um componente muito mais agressivo que o gás carbônico.
2. OBJETIVOS
Obter o conhecimento
correto para o descarte do óleo de cozinha e adotar a fabricação
do sabão verde e o multiuso, causar menos impactos ao meio ambiente,
valorizando a educação ambiental e promovendo o aumento da renda
familiar.
3.JUSTIFICATIVA
Propor
o destino correto para o óleo de cozinha e contribuir com o meio
ambiente. Sendo assim orientar a dona de casa na produção do sabão
caseiro biodegradável, para seu uso doméstico e financeiro.
4. REVISÃO DA LITERATURA
4.1 Saponificação
Com o aquecimento da gordura em presença
de uma base, ocorre uma reação química que produz o sabão. Os
óleos são compostos orgânicos que sofrem reações, produzidos
através de esterificação; ácido carboxílico e álcool. Através
da reação de hidrólise ácida, se produz o glicerol e os sais dos
ácidos graxos.
4.2 Fabricação do sabão
Adição de glicerídeos (sebo de boi ou
óleo) à base forte NaOH (hidróxido de sódio), formam sais de
ácido graxo
Ácidos graxos;
denominado genericamente ácidos obtidos de óleos e gorduras animais
ou vegetais. De nome sistemático; ácido octadecanoico, é um ácido
graxo saturado com 18 carbonos CH3(CH2)16COOH.
Glicerina; é
um subproduto da fabricação do sabão, utilizado em produtos
alimentícios e cosméticos, por ser um bom umectante. Também pode
ser utilizado na fabricação de explosivos (nitroglicerina).
4.3
O que fazer com o óleo usado?
Apesar
do incômodo e da bagunça, vale a pena guardar as sobras de
óleo de fritura em uma garrafa pet, utilizando um funil
para facilitar sua entrada na garrafa. Conforme for
utilizando o óleo, vá armazenando e lembre-se de sempre
fechar bem as garrafas para evitar vazamentos, mantendo também fora
do alcance de crianças e animais de estimação que podem ser
atraídos pelo cheiro do óleo ou pela simples curiosidade. Sempre
descarte o óleo com responsabilidade, destinando-o corretamente em
ONGS especializadas neste tipo de coleta, assim como postos de
entrega especializados, lembre-se que 50 mg de óleo
provocam a poluição de mais de 25 mil litros de água.
Uma
alternativa interessante seria a fabricação de sabão em
pedra, sabão em pó, detergente ou multiuso caseiro utilizando
como matéria prima o óleo usado, além de ser ecologicamente
correto pode-se obter lucro comercializando o produto ou
simplesmente para uso doméstico deixando assim de comprar
marcas industrializadas que são carregados de produtos
químicos que em alguns casos são mais nocivos ao meio
ambiente.
Existem
várias receitas caseiras com consistências diferentes,
líquido, pastoso ou em pedra, atendendo as mais diversas
necessidades.
Em
resumo, as receitas caseiras usam sempre quase
os mesmos ingredientes, os mais comuns são: óleo usado, soda
cáustica, vinagre, álcool, água e essências.
Portanto,
para colaborar com a preservação do meio ambiente, dê uma
utilidade ao óleo usado: o reaproveitamento. Assim, você elimina o
problema de um item que, apesar de biodegradável, é um poluidor e
grande contaminante, dando-lhe nova utilidade, evitando que
cause riscos à saúde. A sustentabilidade agradece.
4.4.
Como o óleo pode contaminar o solo.
O
óleo de cozinha usado chega também aos solos, tanto por meio das
margens dos mananciais aquáticos quanto por meio do óleo descartado
no lixo comum que acaba parando nos lixões. O óleo contamina o solo
e acaba sendo absorvido pelas plantas, prejudicando-as, além de
afetar o metabolismo das bactérias e outros micro-organismos que
fazem a deterioração de compostos orgânicos que se tornam
nutrientes para o solo. É também por meio da infiltração no solo
que esse óleo de cozinha polui os lençóis freáticos. Outro
problema resultante é que esse óleo usado torna o solo impermeável
e, quando ocorrem as chuvas, contribui para o surgimento de
enchentes.
Além
do solo e da água, até mesmo a atmosfera acaba sendo poluída,
porque a decomposição do óleo produz o gás metano (CH4),
que é um gás do efeito estufa, ou seja, é capaz de reter o calor
do sol na troposfera, o que aumenta o problema do aquecimento global.
5. MATERIAL E MÉTODOS
5.1 Metodologia
5.2 Multiuso
Materiais
necessários:
Balde de 15 litros,
luvas tipo Mucambo, colher de pau (nova), óculos de segurança,
máscara, avental.
Ingredientes:
150 ml de óleo de
cozinha (aquecido ou morno).
50 grs. de soda
cáustica (cuidado).
150 ml de álcool
(preferencialmente 92).
100 ml de água (para
usar na primeira etapa).
2,6 ml de água (para
usar na etapa final) deve ser água sem cloro que pode ser de chuva,
fontes, cisterna ou bicas.
6 ml de essência do
seu gosto e opcional.
Preparo:
Dilua primeiro a soda
em 100ml de água agitando com cuidado (sempre coloque soda na água
e nunca água na soda) pelo menos por 5 minutos.
Adicione o álcool e
o óleo morno e mexa por uns 10 minutos.
Adicione os 2,6 ml de
água lentamente pelas paredes do balde, mexendo sempre por mais 10
minutos.
Adicione a essência,
a gosto.
Embale, tampe bem e
identifique a embalagem com a data de fabricação.
Validade de 6 meses
Rendimento:
aproximadamente 3 litros.
Observação:
a água tem que ser colocada lentamente para não turva.
A colher tem que ser
nova e não poderá ser utilizada para outros fins.
5.3
Sabão em Barra
Materiais
necessários:
1 Balde de 20 litros
1 bacia de 20 litros
1 colher de madeira
com cabo de 90 centímetros
1 recipiente plástico
(travessa)
1 panela grande
Luvas tipo Mucambo
Óculos de segurança
Máscara
Avental
Ingredientes:
2 Litros Sebo de boi.
1kg soda 99%
2 litros de água
fria
4 litros de álcool
de posto (Etanol)
4 litros de óleo de
cozinha usado
100 mL essência de
cheiro
100 mL de fixador
Preparo:
Posicionar o balde no
interior da bacia
Na panela, fritar o
sebo/retirar o torresmo e desprezar
Armazenar o sebo
líquido em garrafa pet.
Na panela aqueça o
óleo e acrescente o sebo, até a dissolução
No balde, adicionar a
água, acrescentar a soda lentamente e misturar até a dissolução.
Acrescentar a mistura
aquecida (morna) do sebo com óleo lentamente ao balde
Mexer por 5 minutos
aproximadamente, transferir todo o fluido para a travessa, deixe
esfriar, após endurecimento, desenformar, e cortar em pedaços.
5.4
Material
A - PREPARO DO
SABÃO EM BARRA
-
Óleo vegetal usado (Litros);
-
Álcool de posto (Litros);
-
Soda Cáustica Escama (Kg);
-
Sebo (Kg);
-
Fixador (mL);
-
Essência Floral (mL).
B- UTENSÍLIOS E
EQUIPAMENTOS
- Balde de 20 litros;
- Avental de cozinha;
- Luva Mucambo;
- Galocha;
- Óculos de proteção;
- Máscara Respirador (para tintas);
- Colher de pau;
- Panela;
- Bacia plástica;
- Fogão;
- Mesa de madeira.
C - EMBALAGENS
- Papel filme;
- Etiqueta;
- Rótulo.
Sabão
Verde exclusividades artesanais.
Sabão
em barra de álcool.
(Comp.:
óleo usado; álcool de posto; soda cáustica escama; sebo;
fixador; essência floral.)
Fab:
02/05/2017 Val:
6 meses
|
6. RESULTADOS
6.1 Multiuso
Obteve-se um volume de 3L aproximadamente,
com cheiro de cascas e folhas. O único custo de R$ 4,75; foi
referente à essência.
6.2 Sabão em barra
Obteve-se
um quantitativo de 68 barras de 150g em média, com cheiro de floral.
E o custo do investimento foi de R$ 60,00 referente à Soda cáustica
(NaOH), Álcool etílico (C2H6O),
essência e fixador.
7.DISCUSSÃO
7.1 Multiuso
Durante o procedimento de preparo,
colocou-se a água, não havendo a homogeneização da solução,
devido à adição da água de forma rápida. Com o resultado de
heterogêneo, utilizou-se de um liquidificador, para realizar a
mistura da solução por 5 minutos aproximadamente. Após, obteve-se
o resultado esperado, com a homogeneização da solução. Embalou-se
a solução em galão de 5L. com identificação com data e prazo de
validade de 6 meses.
Constatou-se a eficácia do produto,
através de limpeza realizada em balcão de alvenaria, e no
revestimento do piso. Obteve-se a limpeza de ambos, utilizando-se de
pequena quantidade líquida concentrada.
Houve investimento de aproximadamente R$
4,75 com a compra da essência. E os demais produtos, foram
utilizados do laboratório da Escola CEPROCAMP – Escola Prefeito
Antônio da Costa Santos: Soda cáustica (NaOH), álcool etílico
(C2H6O),
óleo de cozinha usado, materiais e EPIs. (Equipamentos de Proteção
Individual).
7.2 Sabão em barra
Durante o procedimento de preparo, no
manejo da Soda cáustica (NaOH), adicionar a Soda cáustica na água,
e não o inverso. Lembrando-se de que o acréscimo deve ser de forma
gradual. E logo em seguida, após a dissolução da soda, adicionar o
óleo e o sebo de boi, ambos aquecidos (morno), para que ocorra o
processo de saponificação.
Percebeu-se que; o espaço de tempo entre
a dissolução da NaOH, e o acréscimo do óleo e sebo, deve ser
mínimo, observando também a temperatura local. Pois, a temperatura
e o intervalo de tempo de adição de uma substância, pode ocasionar
alteração na saponificação. Podendo não ficar visível.
Houve um investimento de R$ 60,00 por
parte dos alunos com a compra de Soda cáustica, álcool do posto,
essência e fixador. E através de doações, obteve-se o óleo de
cozinha, sebo do boi, e material utilizado durante o processo.
Diferente do multiuso, o sabão em barra, foi desenvolvido no quintal
de uma residência familiar; Sra. Anália Celina A. de Paula e Sr.
Flausino A. de Paula, que cedeu o espaço, material utilizado e
experiência no manejo, sendo agregado ao conhecimento técnico
científico. O produto foi comercializado e teve uma boa aceitação
pelos consumidores. Após a venda, obteve-se um lucro de 40%.
8. CONCLUSÃO
A reutilização do óleo de cozinha tem
grande importância para o meio ambiente e desenvolvimento
socioeconômico. Com o trabalho desenvolvido, constatou-se a
contribuição significativa, reduzindo-se impactos ambientais, que
passam despercebidos por muitos cidadãos. Porém, quando o assunto é
tratado de forma que se possa obter economia, e ao mesmo tempo
introduzir a Educação Ambiental, percebe-se a conscientização
transmitida pelo público.
9. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
BETIOLI, J.V. et al. Normatização
para elaboração de trabalhos acadêmicos. In:
CARVALHO, L.H. Metodologia do Trabalho Científico. Uniararas.
Araras, SP. 2006.
CIANCIARDI NETO, G. Word
Dicas e Truques para Monografia. Topázio:
Araras, São Paulo. 2004. 57p.
http://quimicasemsegredos.com/reacao-de-saponificacao/
Acessado: 12/04/2017
http://brasilescola.uol.com.br/quimica/esteres.htm
Acessado :12/04/2017
http://www.ecycle.com.br/component/content/article/54-oleos/172-o-que-fazer-com-oleo-de-fritura.html/
Acessado: 10/05/2017
Nenhum comentário:
Postar um comentário