domingo, 30 de abril de 2017

Sustentabilidade



Projeto Experimental / 2017
Objetivo: Conscientização na reutilização do óleo de cozinha,
transformando-o em produtos de limpeza.

O Vídeo mostra parte do projeto.




Projeto desenvolvido como trabalho escolar
CEPROCAMP 
Centro de Educação Profissionalizante de Campinas
"Prefeito Antonio da Costa Santos"


Projeto experimental
Sabão Verde


ESTUDANTES
Alisson Costa de Freitas
Altina Ferreira Campos
Joseane Medeiros
Maria da Cruz Alves Pereira
Marli Souza Silva
Ricardo Mendonça
Silvia Maciel Cozim
Valdir Aparecido dos Santos


Projeto Sabão Verde


Projeto Experimental que será apresentado à Professora Éllen Pompei do curso Técnico em Meio Ambiente do CEPROCAMP - Centro de Educação Profissional Prefeito Antônio da Costa Santos.



DEDICATÓRIA

Dedicamos este projeto experimental aos nossos familiares, que acreditaram em nosso potencial, que estiveram ao nosso lado em todos os momentos.
À professora Éllen Pompei, pela paciência e confiança na orientação e incentivo que tornaram possível a conclusão desta monografia. É um prazer tê-la na disciplina.
A turma 19 do curso técnico em Meio Ambiente, e às pessoas que conviveram nesses espaços ao longo desses anos. A experiência de uma produção compartilhada na comunhão com amigos nesses espaços, foi a melhor experiência que conquistamos.


Agradeço a Deus em primeiro lugar e a todos os professores, amigos de classe e amigos conquistados ao decorrer deste projeto, pelo apoio e paciência que tiveram conosco e também a nossos familiares que, contribuíram muito para que nós pudéssemos chegar ao final deste projeto. Somos muito agradecidos por tudo. Que Deus retribua a todos. Estes são os nossos votos de felicitação

Um muito obrigado

RESUMO
O projeto “Sabão Verde”, contribuiu para o desenvolvimento do sabão em barra e o multiuso, ambos derivados parcialmente, de óleo de cozinha, que antes era descartado pelo ralo, ou no solo. Hoje, conseguiu-se agregar conhecimento técnico científico à produção do sabão, que antes praticados por cidadãos, ainda que sem experiência científica, muitos confirmaram a eficácia após a utilização.
A água é um bem cada vez mais escasso, devido à falta de investimento tecnológico e informação. O descarte irregular do óleo de cozinha é um dos poluentes; de córregos, riachos, rios, solos, se tornando um problema para tubulações de efluente domésticos. Com a elaboração do projeto, pode-se difundir entre estudantes e cidadãos, a importância do descarte correto do óleo de cozinha usado, contribuindo com o desenvolvimento socioeconômico.
Os materiais utilizados para o desenvolvimento do “Sabão Verde”, é de fácil acesso e com custo baixo, levando-se em consideração: O armazenamento do óleo em casa, a compra de matéria prima em supermercados, e o rendimento final do produto, tendo como principal usuário; cidadãos que realizam limpeza doméstica


ABSTRACT

The "Green Soap" project contributed to the development of bar soap and multipurpose soap, both derived partly from cooking oil, which was previously discarded by the drain, or on the ground. Today, scientific technical knowledge has been added to the production of soap, which before practiced by few citizens, although without scientific experience, many confirm the effectiveness after the use.
Water is an increasingly scarce commodity due to lack of technological investment and information. Irregular disposal of cooking oil is one of the pollutants; Of streams, streams, rivers, soils, becoming a problem for domestic effluent pipes. With the elaboration of the project, it is possible to spread among students and citizens, the importance of the correct disposal of used cooking oil, contributing to the socioeconomic development.
The materials used for the development of "Green Soap" are easy to access and low cost, taking into account: Storage of oil at home, purchase of raw material in supermarkets, and final product yield As the main user; Citizens who perform domestic cleaning.



SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 07
OBJETIVOS 07
JUSTIFICATIVA 08
REVISÃO DA LITERATURA 08
MATERIAL E MÉTODOS 10
Métodos 10
Material 12
RESULTADOS 13
DISCUSSÃO 13
CONCLUSÕES 15
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15




1. INTRODUÇÃO

A água é o bem mais precioso do planeta, porém está se tornando um recurso cada vez mais escasso a humanidade. A contaminação pode ocorrer com um simples descarte de óleo de cozinha de forma inadequada, seja, na rede de esgoto ou no solo. Com o lançamento de óleo de cozinha no ambiente, pode-se ter consequências como: Danos em tubulações de esgoto, aparecimento de pragas, alteração na cadeia alimentar fluvial e alto custo de tratamento.
Os óleos e gorduras são, por definição, substâncias que não se misturam com a água e podem ser de origem animal ou vegetal. O óleo vegetal, que é o que dá origem aos óleos de cozinha, pode ser obtido de várias plantas, ou sementes.
Sua constituição química é composta por triglicerídeos, que são formados da condensação entre glicerol e ácidos graxos.
O óleo de cozinha usado, quando jogado diretamente no ralo da pia ou no lixo, polui córregos, riachos, rios e o solo, além, de causar danos na rede de esgoto. O óleo também interfere na passagem de luz na água, retarda o crescimento vegetal e interfere no fluxo de água, além de impedir a transferência do oxigênio para a água o que impede a vida neste ecossistema.
O óleo quando descartado no solo, lixões ou que vem junto com a água dos rios e se acumula em suas margens, este impermeabiliza o solo, impedindo que a água se infiltre, piorando o problema das enchentes.
A poluição pelo óleo faz encarecer o tratamento da água (até 45%), além de agravar o efeito estufa, já que o contato da água poluída pelo óleo ao desembocar no mar gera uma reação química que libera gás metano, um componente muito mais agressivo que o gás carbônico.


2. OBJETIVOS

Obter o conhecimento correto para o descarte do óleo de cozinha e adotar a fabricação do sabão verde e o multiuso, causar menos impactos ao meio ambiente, valorizando a educação ambiental e promovendo o aumento da renda familiar.


3.JUSTIFICATIVA

Propor o destino correto para o óleo de cozinha e contribuir com o meio ambiente. Sendo assim orientar a dona de casa na produção do sabão caseiro biodegradável, para seu uso doméstico e financeiro.


4. REVISÃO DA LITERATURA

4.1 Saponificação

Com o aquecimento da gordura em presença de uma base, ocorre uma reação química que produz o sabão. Os óleos são compostos orgânicos que sofrem reações, produzidos através de esterificação; ácido carboxílico e álcool. Através da reação de hidrólise ácida, se produz o glicerol e os sais dos ácidos graxos.

4.2 Fabricação do sabão
Adição de glicerídeos (sebo de boi ou óleo) à base forte NaOH (hidróxido de sódio), formam sais de ácido graxo
Ácidos graxos; denominado genericamente ácidos obtidos de óleos e gorduras animais ou vegetais. De nome sistemático; ácido octadecanoico, é um ácido graxo saturado com 18 carbonos CH3(CH2)16COOH.
Glicerina; é um subproduto da fabricação do sabão, utilizado em produtos alimentícios e cosméticos, por ser um bom umectante. Também pode ser utilizado na fabricação de explosivos (nitroglicerina).


4.3 O que fazer com o óleo usado? 
Apesar do incômodo e da bagunça, vale a pena guardar as sobras de óleo de fritura em uma garrafa pet, utilizando um funil para facilitar sua entrada na garrafa. Conforme for utilizando o óleo, vá armazenando e lembre-se de sempre fechar bem as garrafas para evitar vazamentos, mantendo também fora do alcance de crianças e animais de estimação que podem ser atraídos pelo cheiro do óleo ou pela simples curiosidade. Sempre descarte o óleo com responsabilidade, destinando-o corretamente em ONGS especializadas neste tipo de coleta, assim como postos de entrega especializados, lembre-se que 50 mg de óleo provocam a poluição de mais de 25 mil litros de água. 
Uma alternativa interessante seria a fabricação de sabão em pedra, sabão em pó, detergente ou multiuso caseiro utilizando como matéria prima o óleo usado, além de ser ecologicamente correto pode-se obter lucro comercializando o produto ou simplesmente para uso doméstico deixando assim de comprar marcas industrializadas que são carregados de produtos químicos que em alguns casos são mais nocivos ao meio ambiente. 
Existem várias receitas caseiras com consistências diferentes, líquido, pastoso ou em pedra, atendendo as mais diversas necessidades. 
Em resumo, as receitas caseiras usam sempre quase os mesmos ingredientes, os mais comuns são: óleo usado, soda cáustica, vinagre, álcool, água e essências.  
Portanto, para colaborar com a preservação do meio ambiente, dê uma utilidade ao óleo usado: o reaproveitamento. Assim, você elimina o problema de um item que, apesar de biodegradável, é um poluidor e grande contaminante, dando-lhe nova utilidade, evitando que cause riscos à saúde. A sustentabilidade agradece. 

4.4. Como o óleo pode contaminar o solo.

O óleo de cozinha usado chega também aos solos, tanto por meio das margens dos mananciais aquáticos quanto por meio do óleo descartado no lixo comum que acaba parando nos lixões. O óleo contamina o solo e acaba sendo absorvido pelas plantas, prejudicando-as, além de afetar o metabolismo das bactérias e outros micro-organismos que fazem a deterioração de compostos orgânicos que se tornam nutrientes para o solo. É também por meio da infiltração no solo que esse óleo de cozinha polui os lençóis freáticos. Outro problema resultante é que esse óleo usado torna o solo impermeável e, quando ocorrem as chuvas, contribui para o surgimento de enchentes.
Além do solo e da água, até mesmo a atmosfera acaba sendo poluída, porque a decomposição do óleo produz o gás metano (CH4), que é um gás do efeito estufa, ou seja, é capaz de reter o calor do sol na troposfera, o que aumenta o problema do aquecimento global.
 
5. MATERIAL E MÉTODOS
 
5.1 Metodologia
5.2 Multiuso

Materiais necessários:

Balde de 15 litros, luvas tipo Mucambo, colher de pau (nova), óculos de segurança, máscara, avental.

Ingredientes:
150 ml de óleo de cozinha (aquecido ou morno).
50 grs. de soda cáustica (cuidado).
150 ml de álcool (preferencialmente 92).
100 ml de água (para usar na primeira etapa).
2,6 ml de água (para usar na etapa final) deve ser água sem cloro que pode ser de chuva, fontes, cisterna ou bicas.
6 ml de essência do seu gosto e opcional.

Preparo:
Dilua primeiro a soda em 100ml de água agitando com cuidado (sempre coloque soda na água e nunca água na soda) pelo menos por 5 minutos.
Adicione o álcool e o óleo morno e mexa por uns 10 minutos.
Adicione os 2,6 ml de água lentamente pelas paredes do balde, mexendo sempre por mais 10 minutos.
Adicione a essência, a gosto.
Embale, tampe bem e identifique a embalagem com a data de fabricação.
Validade de 6 meses
Rendimento: aproximadamente 3 litros.
Observação: a água tem que ser colocada lentamente para não turva.
A colher tem que ser nova e não poderá ser utilizada para outros fins.

5.3 Sabão em Barra

Materiais necessários:

1 Balde de 20 litros
1 bacia de 20 litros
1 colher de madeira com cabo de 90 centímetros
1 recipiente plástico (travessa)
1 panela grande
Luvas tipo Mucambo
Óculos de segurança
Máscara
Avental

Ingredientes:
2 Litros Sebo de boi.
1kg soda 99%
2 litros de água fria
4 litros de álcool de posto (Etanol)
4 litros de óleo de cozinha usado
100 mL essência de cheiro
100 mL de fixador

Preparo:
Posicionar o balde no interior da bacia
Na panela, fritar o sebo/retirar o torresmo e desprezar
Armazenar o sebo líquido em garrafa pet.
Na panela aqueça o óleo e acrescente o sebo, até a dissolução
No balde, adicionar a água, acrescentar a soda lentamente e misturar até a dissolução.
Acrescentar a mistura aquecida (morna) do sebo com óleo lentamente ao balde
Mexer por 5 minutos aproximadamente, transferir todo o fluido para a travessa, deixe esfriar, após endurecimento, desenformar, e cortar em pedaços.


5.4 Material

A - PREPARO DO SABÃO EM BARRA
    - Óleo vegetal usado (Litros);
    - Álcool de posto (Litros);
    - Soda Cáustica Escama (Kg);
    - Sebo (Kg);
    - Fixador (mL);
    - Essência Floral (mL).

B- UTENSÍLIOS E EQUIPAMENTOS
  • Balde de 20 litros;
  • Avental de cozinha;
  • Luva Mucambo;
  • Galocha;
  • Óculos de proteção;
  • Máscara Respirador (para tintas);
  • Colher de pau;
  • Panela;
  • Bacia plástica;
  • Fogão;
  • Mesa de madeira.

C - EMBALAGENS
  • Papel filme;
  • Etiqueta;
  • Rótulo.

Sabão Verde exclusividades artesanais.

Sabão em barra de álcool.

(Comp.: óleo usado; álcool de posto; soda cáustica escama; sebo; fixador; essência floral.)

Fab: 02/05/2017                                    Val: 6 meses


6. RESULTADOS
6.1 Multiuso
Obteve-se um volume de 3L aproximadamente, com cheiro de cascas e folhas. O único custo de R$ 4,75; foi referente à essência.

6.2 Sabão em barra
Obteve-se um quantitativo de 68 barras de 150g em média, com cheiro de floral. E o custo do investimento foi de R$ 60,00 referente à Soda cáustica (NaOH), Álcool etílico (C2H6O), essência e fixador.

7.DISCUSSÃO
7.1 Multiuso
Durante o procedimento de preparo, colocou-se a água, não havendo a homogeneização da solução, devido à adição da água de forma rápida. Com o resultado de heterogêneo, utilizou-se de um liquidificador, para realizar a mistura da solução por 5 minutos aproximadamente. Após, obteve-se o resultado esperado, com a homogeneização da solução. Embalou-se a solução em galão de 5L. com identificação com data e prazo de validade de 6 meses.
Constatou-se a eficácia do produto, através de limpeza realizada em balcão de alvenaria, e no revestimento do piso. Obteve-se a limpeza de ambos, utilizando-se de pequena quantidade líquida concentrada.
Houve investimento de aproximadamente R$ 4,75 com a compra da essência. E os demais produtos, foram utilizados do laboratório da Escola CEPROCAMP – Escola Prefeito Antônio da Costa Santos: Soda cáustica (NaOH), álcool etílico (C2H6O), óleo de cozinha usado, materiais e EPIs. (Equipamentos de Proteção Individual).


7.2 Sabão em barra
Durante o procedimento de preparo, no manejo da Soda cáustica (NaOH), adicionar a Soda cáustica na água, e não o inverso. Lembrando-se de que o acréscimo deve ser de forma gradual. E logo em seguida, após a dissolução da soda, adicionar o óleo e o sebo de boi, ambos aquecidos (morno), para que ocorra o processo de saponificação.
Percebeu-se que; o espaço de tempo entre a dissolução da NaOH, e o acréscimo do óleo e sebo, deve ser mínimo, observando também a temperatura local. Pois, a temperatura e o intervalo de tempo de adição de uma substância, pode ocasionar alteração na saponificação. Podendo não ficar visível.
Houve um investimento de R$ 60,00 por parte dos alunos com a compra de Soda cáustica, álcool do posto, essência e fixador. E através de doações, obteve-se o óleo de cozinha, sebo do boi, e material utilizado durante o processo. Diferente do multiuso, o sabão em barra, foi desenvolvido no quintal de uma residência familiar; Sra. Anália Celina A. de Paula e Sr. Flausino A. de Paula, que cedeu o espaço, material utilizado e experiência no manejo, sendo agregado ao conhecimento técnico científico. O produto foi comercializado e teve uma boa aceitação pelos consumidores. Após a venda, obteve-se um lucro de 40%.
8. CONCLUSÃO

A reutilização do óleo de cozinha tem grande importância para o meio ambiente e desenvolvimento socioeconômico. Com o trabalho desenvolvido, constatou-se a contribuição significativa, reduzindo-se impactos ambientais, que passam despercebidos por muitos cidadãos. Porém, quando o assunto é tratado de forma que se possa obter economia, e ao mesmo tempo introduzir a Educação Ambiental, percebe-se a conscientização transmitida pelo público.
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BETIOLI, J.V. et al. Normatização para elaboração de trabalhos acadêmicos. In: CARVALHO, L.H. Metodologia do Trabalho Científico. Uniararas. Araras, SP. 2006.

CIANCIARDI NETO, G. Word Dicas e Truques para Monografia. Topázio: Araras, São Paulo. 2004. 57p.





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